Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo...

Recordo com saudades o meu Pai (Jorge Miranda Lemos), seguramente um dos grandes exemplos de retidão na minha vida.

A ele, tudo devo. Eterna saudade, meu Pai.

40 anos. A viagem tem sido boa...

Quebrando a norma, falo hoje de mim. Ontem, dia 7, completei 40 anos. Soa estranho... mas é a realidade. Quatro décadas já cá cantam.

Os últimos 15 anos foram, profissionalmente falando, de grande aprendizagem. Jornal "O Figueirense", "A Voz da Figueira", "Rádio Maiorca", "Figueira Magazine", "Figueira 21", "Diário As Beiras", "Correio da Manhã" e alguns projectos na net (não por esta ordem) moldaram não só o rumo profissional, mas também o meu carácter. Com todos os colegas de profissão, aprendi imenso. Referência especial à Anabela Vaz, que muito me ensinou. Mas devo também destacar os outros jornalistas que, embora em "campos" opostos, me ensinam.

Pessoalmente, duas grandes marcas nesta última década: a morte do meu pai e o nascimento do meu pequeno tesouro, o Riky, hoje com quase seis anitos.

Acredito que apesar de termos, em todos nós, características muito próprias, a convivência do dia-a-dia vai-nos moldando. O que sou hoje (seja lá o que for) é fruto precisamente desta mudança diária.

Tenho uma família fantástica, com especial destaque para a minha mãe, esposa e filhos. Tenho um grupo de amigos onde a amizade pontua de forma incondicional. São a minha segunda família, aquela que eu escolhi.
A todos, muito obrigado por me acompanharem nesta viagem.

Mais importante do que o destino, é a própria viagem. E ela tem sido fantástica. Acreditem.

Poema à minha Mãe

Parabéns por mais um aniversário. Tenho a infelicidade de não ter perto de mim, fisicamente, meu Pai. Mas tenho o privilégio de poder beijar-te e dizer o quanto te amo e estou agradecido pela (tua) vida que me deste.
És um exemplo de vida.
Um beijo enorme do filho que te adora até às estrelas.

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Poema à Mae - Eugénio de Andrade

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Parabéns, filhota!

13 anos de muita alegria, de muitas surpresas.

13 anos a fazer-me feliz todos os dias.

Parabéns, filhota.

É um orgulho ser teu pai.

Nunca te esqueças: o mundo é muito mais bonito visto de cima. Só tens de o conquistar.

Recordando meu Pai

Se não tivesse partido cedo demais, faria hoje 81 anos.

Além da vida, da educação, do amor e carinho, deu-me o seu nome - JORGE LEMOS - que tento honrar todos os dias.

Porque vive em mim, porque sou parte dele, fica uma da suas músicas preferidas.

Parabéns, meu Pai.

Adeus Anabela Vaz. Descansa em Paz.

Estas são aquelas palavras que desejaria nunca ter de escrever.

Anabela Vaz, que durante largos anos foi o rosto da delegação figueirense do Diário As Beiras, faleceu hoje vítima de doença que em pouco tempo lhe roubou as forças.

Sempre alegre, Anabela Vaz sabia guardar perto de si os amigos. Conservava-os. Cultivava a amizade como ninguém.

Os primeiros passos no jornalismo aconteceram aos microfones da Rádio Clube Foz do Mondego.
Trabalhei com ela no Diário As Beiras algum tempo. Uma colaboração com o jornal O Figueirense transformou uma relação de trabalho numa amizade que perdurou ao longo de muitos e bons anos. Aprendi muito, muito mesmo, com ela.

Partiu hoje para outro mundo. Mas deixa uma marca na vida de todos os que tiveram a sorte e o privilégio de integrar o seu leque de amigos.

Quem a conhecia de perto sabia que Tina Turner era a sua cantora de eleição. Anabela Vaz realmente era "Simply The Best".

Nesta hora de grande dor, deixo sentidas condolências à sua família. À directa e à outra que Anabela Vaz conquistou com a sua alegria, o seu sorriso e a sua sinceridade.

Até sempre, Amiga.

CONTACTOS ÚTEIS

* Hospital Distrital da Figueira da Foz (Gala)

Tel: (+351) 233 402 000 / 097

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Tel: (+351) 233 402 800

Fax: (+351) 233 402 809

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Rua heróis do Ultramar - Ap. 2158

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* Serviço Municipal de Protecção Civil

Quartel dos Bombeiros Municipais

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3080-084 Figueira da Foz

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(fonte: http://www.figueiraturismo.com)